| |
Eu sei do que estou a falar, porque em 1985 já conhecia o "Segredo da Evolução da Humanidade", mas estava escrito no meu destino, e só agora encontrei a ferramenta para vos poder contar! Pensa que hoje, eu poderia convencer alguém da realidade das minhas histórias, sem as imagens de Robert? Se conseguir encontrar a delicadeza, vai rir-se, seria outra pessoa, que eu não lhe saberia dizer, mas vindo de André eu sei que por latinha ele queria dizer (depósito para algo).
Para fazer o seu trabalho fotográfico, Robert utilizou duas câmaras recentes, duas Kodak 04, com as quais tirou as fotografias que vos mostrei nos suportes cinzentos.
Nesta série de dezasseis cartas postais nos suportes cinzentos, alguém que olha para as cartas sem conhecer a história, nem o objectivo desta edição de cartas, vai pensar que Robert falhou as suas fotografias. Mas isso não é verdade, o qualificativo para a perfeição do seu trabalho não existe!
Olhe para a perfeição da imagem
(26b), olhe para a posição do selo preto que nos mostra o lugar exacto onde Robert se encontra quando tira esta fotografia.
Na imagem
(26h) aqui à direita, olhe para o pé direito de Robert. É o seu pé que acciona o dispositivo que tira a fotografia
(26h) e é com a mão que au mesmo tempo, com o Kodak 04, ele tira a fotografia
(26b) abaixo à direita. Na fotografia
(26b), os coolies que sustentavam o caixão, os dois da esquerda não se moveram e o da direita que tinha uma posição curva endireitou-se ligeiramente, o que permitiu que o coolie no fundo do buraco puxasse o caixão na sua direcção. Assim sendo, foi a imagem
(26h) que foi tirada em primeiro lugar. Na extrema direita da imagem
(26h), ainda sem saber quem é aquele homem, continuarei a chamar-lhe o homem vestido de branco. Não se consegue ver a sua mão direita, mas foi um dia difícil, a sua perna dói, e ele agarra-se à bengala que o suporta com todas as suas forças. É possível que seja Raoul Bonnal. Olha para a sua mão esquerda, ele pensa que é o fotógrafo e parece que está a accionar a câmara que tira a fotografia. Olhe para a sua sombra tocando na base do bastão de madeira sobre o qual pousaram uma sentença.
|
|
|
Sabendo que estamos na segunda parte de um dia das 13 horas, se traçarmos uma linha que toque no capacete partindo da base do bastão de madeira, no outro extremo temos o sol, e a sua posição dá-nos as horas. São cerca de duas e meia da tarde, e estão enterrando o que ninguém nunca soube quem era, ou talvez algumas pessoas saibam, visto que naquele caixão Robert tinha colocado uma mensagem! Mas eles querem manter esse segredo para sempre.
Olha para o guarda em frente de Robert com as mãos nos bolsos e o seu ar de admiração, é Andre.
À esquerda de Robert, com o capacete, temos Anne, que continua a desempenhar o seu papel de zombie, e que agora procura afastar-se o mais possível do homem vestido de branco. Contar-vos-ei tudo sobre isso. O obturador (lente) da câmara que acabou de tirar a fotografia
(26h) está abaixo do (0) de 1908. Com uma boa ampliação de imagem podemos ver a parte de baixo do sapato de Robert. Robert teria assim colocado a ponta do seu pé direito num fio que desencadeou a obtenção da imagem
(26b). Porque é que não podemos ver a sombra da pessoa que segura a câmara que capta a imagem
(26h)? _A resposta é simples... Não há ninguém lá! Como um pintor poderia ter feito o seu auto-retrato, Robert acabou de fazer a sua auto-fotografia.
Os postais sobre os suportes de cor castanha são documentos de arquivo e foram numerados, datados e comentados por Anne.
Os postais sobre os suportes cinzentos, comentados por Robert, são parte integrante da série de postais documentos de arquivo, e dão-nos uma noção da realidade das execuções de Hanói em 1908, até hoje desconhecida!
Neste momento, e tendo em conta os factos, provavelmente concorda comigo, que Robert é de facto o autor da primeira manipulação de imagens, feita por um membro da imprensa, com o objectivo de manipular a opinião pública. O que justifica o meu título, "A Primeira Suberba Fake News".
Além dos seus dois Kodak 04, Robert tinha duas câmaras escuras, uma de provavelmente quarenta centímetros por quarenta, e cerca de sessenta centímetros de altura, e outra de oito metros de largura por ums bons quinze de profundidade, e mais de seis metros de altura. A esta segunda câmara escura chamaram Yên-Thé-Âtre
(63.1h) e
(63.2h). Com efeito, em Motrang construíram um enorme hangar com uma magnífica entrada principal a leste, e no outro extremo, lado oeste, uma saída que dava para um pódio, onde davam espectáculos, e onde os espectadores podiam assistir aos espectáculos ao ar livre.
|
|
|
