E-book de Memória Colectiva e Informação Quântica
           " A Impossível-História "  
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  Você já não se apercebe do que lhe vai acontecer, você já não tem medo, na verdade, tem vergonha. Vergonha por ter sido acusada.
  O fotógrafo foi gentil.
  Ele tinha muito a se fazer perdoar, e conseguiu que não tenhamos visto aquela horrível travessia da cidade de Hanói, onde as pessoas, pessoas que você conhecia, pessoas que sabiam que você era incapaz de fazer o minimo male, e olhavam para si como se você fosse menos do que nada. Você já não existia, muito antes de ter chegado ao campo para aquela "Primeira Grande Execução Pública"!
  Preciso dos meus leitores, que acreditem na realidade das minhas histórias, e não posso mais, dar-me ao luxo de continuar a martirizar o vosso espírito.
  Au momento em que um carrasco vai amarrar os braços de Vu Van à estaca, como que vindo do nada, chega um fotógrafo.
  O fotógrafo disse a Vu Van... Sei que estás inocente, faz o que te mandam, e eu vou tirar-te deste mau pesadelo. Vu Van lembrou-se que o fotógrafo já a tinha feito rir, e compreendeu que o fotógrafo era o milagre que ela já não esperava, e pelo qual tanto tinha rezado.
  O fotógrafo devolveu a liberdade a Vu Van e antes de a deixar ir viver a sua vida, confiou-lhe este risível segredo, ('a mentira é o motivador da evolução da humanidade!') dissendo-lhe que tera de encontrar imperativamente uma maneira de o fazer chegar ao Papa.
  A fim de preservar o património familiar, o casamento entre primos era praticado com bastante frequência, para Vu Van e o seu primo, acabou por ser por uma combinação de circunstâncias. De facto, não tinham mais nada, nem nome, nem propriedade, nem família, uma vez que sao considerados terem sido executados!
  Vu Van vai ter quatro filhos  (31b) viver na idade de cento e treze anos  (32b), e no final da sua vida vai conseguir entregar pessoalmente a Sua Santidade o Papa João Paulo II, aquele incompreensível segredo, transmitido pelo fotógrafo.
  Aquele jovem, malandro, que em  (19h),  (19b), e  (20h), vemos lutar contra uma pilha de trapos, é também um primo de Vu Van, e tornar-se-á seu cunhado. Têm quase a mesma idade, e ele terá um prazer malicioso em explicar a prima como, com a ajuda do fotógrafo, gozaram com os franceses. Explica-lhe que o fotógrafo estava jogando um jogo duplo, e que não houve milagres, uma vez que a sua execução foi uma encenação destinada a mudar a identidade de Nguyên Duc.
 
  Ele tenta fazê-la admitir que aquela risível mensagem que o fotógrafo lhe pediu para transmitir ao Papa, só pode ser mais uma brincadeira a acrescentar na conta do fotógrafo.
  Vu Van, tinha sofrido tanto, tinha rezado tanto, que tinha adquirido uma outra visão da realidade. Ela nunca culpou o fotógrafo, ela partiu da ideia de que o que lhe aconteceu, aconteceu porque tinha de acontecer, que era o seu destino, que ela tinha beneficiado de um milagro, e que não se lembrando mais das muitas promessas que tinha feito, nem a quem, e uma vez que de certa forma tinha morrido, ela teria de viver até ter entregado a mensagem ao destinatário, mesmo se para isso tivesse que fazer rir o Papa.
  Hai-Hien sempre se sentiu culpado por ter arrastado a sua priminha para aquela história horrível, onde ela sofreu tanto. Hai-Hien sabia que aquela execução tinha sido uma manipulação de Hoàng para mudar o futuro de Nguyên Duc, porque sabia que Hoàng tinha o poder de conhecer o futuro. No entanto Hai-Hen nunca se permitiu ir contra a maneira de pensar de Vu Van, e sempre respeitou as suas crenças.
  Eles vão ter quatro filhos que Vu Van vai criar de acordo com a sua maneira de pensar, e quando o seu quarto filho nasceu, Vu Van lembra-se de que ainda tem uma dívida a pagar, e que não tendo descoberto como, porque ninguém encontra o bom sentido na mensagem do fotógrafo, Vu Van decide que o seu filhinho se vai tornar padre.
  Podia ter começado aqui, porque aqui começa a minha história. Embora eu não possa dizer que a minha história tenha realmente um começo, nem que a minha história terá um fim, porque provavelmente também não tem fim.
  A este peqeno futuro padre que podemos ver seis anos depois, vestido de branco na imagem  (31b) Vu Van vai dar o nome de Nguyên Van Thuan.
  Os pais de Nguyên Van Thuan, já não tendo uma existência oficial, a sociedade, os nossos historiadores e jornalistas de religiões irão criar-lhe uma família. Muito mais tarde, a religião, conhecendo as suas origens, a sua história e o motivador de todos estes factos, irá chamá-lo Francisco Xavier, Nguyên Van Thuan.
  Ainda podemos ver Francisco Xavier na fotografia  (32c) acompanhado pelas suas duas irmãs, na altura do aniversário dos cento e treize anos de Vu Van.
  O filho mais velho de Vu Van também poderia ter ficado nesta fotografia de família, mas as circunstâncias fizeram com que Vu Van perdesse o seu filho mais velho e que os dois irmãos tenham sido como que naquela história de "Abel e Caim".
  De facto, os dois filhos de Vu Van, foram "Homens de palha" ao serviço dos poderes que governam as nossas sociedades.
 
 
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(19h)  (19b)  (20h)  (31b)  (32b) 
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