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Ele come tudo o que a que pode deitar as mãos, e quatro ou cinco anos mais tarde, quando os seus pais e avós, para o porem a dormir, e após a leitura do nosso livro, querem contar-lhe as histórias das execuções em Hanói, onde o condenado voltou para lutar com o seu carrasco. Ele responde que as nossas histórias não lhe interessam e que quer dinheiro para comprar o telefone (última geração), porque o telefone do Papi já não vale nada.
Mais tarde torna-se gordo, feio, e continua a dizer "Eu quero"! De facto, o seu corpo é uma fracção de tudo o que comeu. (Provavelmente animais criados em bateria que o único prazer de correr, foram aqueles poucos metros antes de serem abatidos. Mas como poderiam ter corrido antes, uma vez que nem sequer tinham espaço para se deitarem). Dizem que para alguns animais, quando são enviados para o matadouro, durante os poucos metros que andam, os carrascos fazem-os ouvir música clássica, e que os conhecedores dizem que a carne é mais tenra e tem melhor sabor.
A criança é um corpo, é um bloco de informação materializada, e não se apercebe que aquele "Eu" que diz que eu quero, é o seu espírito, e que da mesma forma que o seu corpo físico feito de informação materializada, foi alimentado, o seu espírito também foi alimentado com informação não materializada, e esta é a razão pela qual ele pode apreciar ou não apreciar, e eventualmente dizer que a carne tem um melhor sabor.
Desde o início da sua leitura deste livro, mesmo que não se tenha apercebido, graças aos órgãos sensoriais do seu corpo físico, (informação materializada) a sua mente, (informação não materializada) foi enriquecida com toda a informação contida neste livro.
Se esta criança tivesse nascido ao mesmo tempo que um irmão ou irmã, teriam sido duas crianças diferentes, esta criança em certas circunstâncias poderia até ter nascido de uma cor diferente e aos quatro ou cinco anos de idade diriam: "Oh, ele parece-se mesmo com o vizinho"... Se olhar para um destes blocos de informação ao microscópio, verá que a informação não ocupa espaço, ou mesmo muito pouco espaço, e se pensando melhor, só pode ser pura informação.
Se no futuro ou no nosso passado, um cientista se divertisse a acelerar blocos de informação, é possível, na minha opinião, que no nosso passado uma jovem mulher se tenha encontrado grávida e ainda virgem.
No nosso futuro poderemos criar (eu disse bem, criar) blocos de informação a partir de um simples pedaço de pele, poderemos programá-los, e será possível fazer coisas inconcebíveis, tais como que uma criança nasça séculos antes do seu pai, tendo ao mesmo tempo não só a sua fisionomia mas também o seu saber.
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De certa forma, o tempo não existindo para a nossa mente, será como se um corpo tivesse viajado no tempo, e isso explicaria como é possível que eu tenha recuperado todas estas imagens e encontrado todas estas histórias a dormir-de-pé.
Você dir-me-ia que se tantas mulheres virgens tivessem tido filhos, teria-se sabido!
Mil e quinhentas pessoas viram um fantasma aparecer durante as execuções de Hanói e quem se lembrava?
Eu não bebo, não fumo, não tomo drogas. Não vou ao médico há mais de trinta anos e deixo de divagar porque tenho de continuar sério!
Independentemente da ideia de que um cientista poderia acelerar a informação e enviá-la no passado, pegue no seu computador e tente dizer-me quantas possibilidades eu tinha de nascer em 1955. É incalculável! E mesmo assim aconteceu... O mesmo aconteceu com quase oito mil milhões de pessoas vivas hoje, mas também aconteceu com tantas outras que viveram no passado.
Todos nascemos diferentes, há mesmo que poderam nascer com um cromossoma a mais ou a menos, enquanto outros, embora tendo-se fusionado, não nasceram! Algumas pessoas acreditam que temos um destino, que foi escrito... Se isso é verdade, a única explicação é que as nossas mentes, testemunhas da nossa vida de hoje, no futuro criam aquilo em que acreditamos, e temos a certeza de ser o nosso presente.
A questão do momento seria: Podemos mudar o nosso destino?...
Você conhece a resposta: Depende de como utilizaremos a informação!
Como prometido, guardei muita informação que só divulgarei num futuro livro, mas tenho de ajudar um pouco para que possa imaginar.
Na imagem da
página 10, a imagem parece vazia, no meio da estrada, em frente da casa, uma pessoa está à espera para recuperar a cabeça de um ente querido que pensa ter sido decapitado.
Foi um segredo de valor, um valor que só no futuro, após a leitura e compreensão do conteúdo deste livro, poderá ser avaliado. O fotógrafo foi obrigado a guardar o segredo e não podia deixar que se soubesse que se tratava de uma cabeça de cera.
Provavelmente foi uma dor, que durante toda a sua vida, o primeiro presidente do Vietname, nunca encontrou o dinheiro necessário para pagar.
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