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Tendo todo o seu tempo, muita curiosidade, e pouco mais para fazer, decidiu arrumar os postais por data, de modo a melhor compreender o conteúdo da correspondência. Depois, havia fotografias pequenas e grandes; ela apaixonou-se pelas pequenas fotografias e fixou-as em rectângulos de cartão azul de 14cm x 9cm, do mesmo tamanho que os postais, escrevendo a informação escrita por André no verso das pequenas fotografias.
As fotografias grandes tinham um tamanho médio de 16,8cm x 11,8cm, e as fotografias pequenas tinham cerca de 10,8cm x 7,6cm.
Quero chamar a vossa atenção para a fotografia da boneca insuflável de André, cujo tamanho é 9,1cm x 5,9cm (tamanho calculado para que podesse caber na sua carteira).
A mulher, que não conhecia o modo de escrever do seu tio, leu (postura plástica), não tinha motivos para tentar compreender, e pensou que provavelmente o tio André era um artista fotográfico, o que foi de facto bem o caso.
No rectângulo de cartão azul, ela escreveu 1916, e foi um comerciante que recentemente, depois de ler o correio, e tendo também lido (postura plástica) decidiu rectificar a data e escrever 1913.
Não esqueçamos que Robert conhecia o futuro, que Robert sabia que André era incapaz de guardar um segredo, e que Robert sabia que um dia eu teria de recuperar esta pequena imagem.
A sobrinha de André nunca soube que foi por causa desta imagem que ela não teve primos, e que ela recuperou esta mala.
Vou mostrar-vos mais algumas imagens pequenas e grandes. Tente compreender as diferentes formas de escrita de André, tente descobrir segredos porque há muitas coisas que tem de descobrir por si mesmo.
Faça-se perguntas, tais como escrever tão pequeno e fino em 1913, e porquê?
É uma imagem muito pessoal, era um segredo, e os nossos historiadores especializados na sexualidade dos colonizadores, antes de eu lhes apresentar a boneca de André, nem sequer tinham conhecimento da existência de bonecas insufláveis, já em 1913. Mas como poderia eu ter-lhes apresentado a sua boneca, se não conhece-se a sua maneira de escrever, e se o André não tivesse escrito neste pequeno texto (Pasta Plástica)?
Você vai rir...
Com a boneca de André, fui à pesca na "Ribeira do Saber", como diriam os nossos (edti), fui fazer phishing. Assim que pus a boneca na água, apanhei um historiador. O maior, o mais lindo, mas ele estava doente, sofria de dislexia, e mal compreendeu que eu queria levá-lo a ver as execuções em Hanói, ele partiu-me a linha, e eu nunca mais tive notícias dele. Que pena...
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Bairro de artilharia fotografado da Enfermaria
Dap-Cau Março de 1906. |
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É de notar que no início de 1906 André era enfermeiro na clínica de Dap Cau, e que já fazia fotografias muito antes que o Coronel Bataille o coloque ao serviço de Robert.
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