A loucura é uma delas, quando uma situação nos escapa, o nosso cérebro, em vez de continuar a procurar soluções para resolver um problema específico, realizando que não será capaz, de certa forma, vai avariar, e inventar outras histórias que irá colocar no lugar do problema real, e que será capaz de gerir (à sua própria maneira). Depois vem o facto de que, sem nos apercebermos, somos "Criadores", e se estivermos convencidos de que uma pessoa está louca; isso torna-se uma realidade!   Um pequeno conselho... Se os seus amigos vos convidam para sair, e por alguma razão não lhe apetecer, evite inventar uma doença, ou simplesmente dizer que está com dor de cabeça, porque se esta situação se tornar repetitiva, os seus amigos vão realmente acreditar em si!   As fobias, os vários estados de dislexia, vêm da nossa infância, mas também podem vir do passado bem como que do futuro, uma vez que para a nossa mente o tempo não existe.   As nossas sociedades vivem num estado de dislexia; de facto a dislexia também pode ser considerada como uma fobia do inconsciente colectivo.   O estado de dislexia no inconsciente colectivo, criado por Robert, é enorme, e algo muito poderoso. Vou dar-vos um exemplo, e vou contar-vos algo que é fácil de compreender.   Há alguns anos atrás, eu tinha um vizinho. Ele estava na casa dos cinquenta, e não lhe sei dizer quantas vezes tentou obter a sua carta de condução, e de vez em quando, quando precisava de se deslocar para longe, perguntava-me se eu podia levá-lo, e na verdade pagava-me para o levar.   Assim que saiamos da garagem do nosso prédio, ele dizia-me, vire na primeira à direita, no final da rotunda entra na segunda saída, e assim por diante. Isto é um exemplo, e algum tempo depois, tendo tomado o caminho mais curto, chegávamos ao lugar aonde ele queria ir.   Bem, dizia ele que quando ele estava a tentar passar a sua carta de condução, assim que o inspector, por exemplo, lhe dizia para tomar a segunda rua à esquerda, ele não sabia mais onde ficava a segunda rua, et ainda menos aonde ficava a sua esquerda, ele apanhava a rua seguinte que aparecia, esperando que um dia ele tivesse a sorte de encontrar a rua certa.   De facto, sofria, e provavelmente ainda sofre de dislexia. Ele comunicou isto às muitas escolas de condução que frequentou, explicando o seu problema e dizendo: « Dêem-me um mapa e mostrem-me para onde querem ir, e eu levo-vos lá ».     Mas não, isso era impossível, e suponho que ainda não seja possivel, porque não faz parte do programa para tirar a carta de condução, (no entanto, vão deixar conduzir um carro sem carta, com um motor de velocidade reduzida, onde o condutor tem medo de ultrapassar uma bicicleta, e vai andar metade na estrada, metade na berma da estrada) e ser realmente perigoso, porque se há alguém com um carro verdadeiro, e que está realmente com pressa, pode perturbá-lo e obrigá-lo a fazer algo estúpido.   Tudo isto para vos fazer uma simples pergunta... Não acha que a nossa sociedade também sofre de dislexia?   Mas voltemos a Robert.   Robert foi o Génio da Comunicação, e por essa boa razão; Robert foi também um especialista em cérebros.   Li muito correio de soldados na 10ª Coluna do Yên-thé, e a queixa comum em todas as cartas era a falta de comida, mas alguns postais do lote 3000 a 305... da série Dieulefils, fazem-nos acreditar que estavam bem alimentados.   Em 2014, para a promoção do turismo, no âmbito do projecto TURANDOT com a colaboração do CNRS e da Universidade de Lyon, foi-nos feita uma página no blog-spot da Internet, onde nos foram mostrados pela primeira vez os treze postais apresentados nos suportes de cor castanha, bem como um bom comentário relatando os factos sobre a tentativa de envenenamento do 4º Regimento de Infantaria Colonial, em Hanói, a 27 de Junho de 1908.   Os documentos do relatório da tentativa de envenenamento terão sido enviados por um certo General Piél, aquele que assinou a imagem  (45h),  (56c) e como se tratou de uma tentativa de envenenamento da comida, o relatório descreve a sequência de pratos, cada um melhor que o outro, o fornecedor de carne, os pequenos legumes, as sobremesas, o vinho engarrafado em garrafas abertas, pouco antes de ser servido, e tudo isto antes do pequeno café à francesa. Finalmente, era muito melhor do que nos restaurantes de luxo parisienses.   Um relatório feito por um general desconhecido, boa comida, então quando a série de treze cartas postais relacionadas com a execução de Hanói chegou, e na sequência da tentativa de envenenamento, isto vai desencadear uma investigação, a pedido do Ministério da Guerra e Colónias.   Investigação que vai ser conduzida pelos Senhores M. Lacombe, delegado em Nha-Nam, Dr. Lecomte e M.M. Bennecchi, Poilevey, Richy e Sivelle da guarda civil indígena.       71   72